terça-feira, 8 de maio de 2012

Módulo 2 - Atividade 2 - Ler é... Escrever é... 
Depoimentos de Leitura e escrita
Nessa atividade, depois de ouvirmos depoimentos de várias personalidades brasileiras, a atividade proposta foi a elaboração de um depoimento comentando uma ou algumas de nossas experiências com a palavra escrita formando, ao final desta atividade, um belo conjunto de textos.
Convidamos vocês para lerem e deixarem seus comentários!
MINHA EXPERIÊNCIA COM LEITURA...
Fátima Lucy

Foi assim... hummmm ao pé do fogão a lenha, beirando mesa da cozinha, acompanhando o feitio de um pão, e fazendo muitas perguntas sobre os ingredientes, que vinha escrito nas embalagens...... Um pouco mais crescidinha frequentei pré escola... Minha professora Nely (Ah que saudades!!!!) lia muito para nós.... que nos chamava de "pequenos".... Com o passar desta fase, já nas séries iniciais, conheci o mundo encantado das histórias... poemas, etc. A professora sempre convidava-me a recitar poesias em comemorações, segundo ela, eu tinha uma ótima dicção e timbre de voz  (não era nenhum pouco tímida, a d o r a v a participar destes eventos)..... Mais adiante, no Ciclo II (denominação atual), já líamos alguns livros por obrigação (que chato...) o professor nos obrigava a ler alguns livros de sua escolha, e nas FERIAS... No entanto, lembro-me de um livro que marcou muito: MEU PÉ DE LARANJA LIMA dentre outros... Era hábito de minha professora ler um capítulo por dia, para ficarmos com um gostinho de QUERO MAIS, para a próxima aula... E ao final, faríamos uma síntese do entendimento... Bem bacana!!!!

Queridos amigos: Agora, convido vocês a postarem seus depoimentos, que certamente são muito interessantes... Fiquem à vontade para postar seus comentários... Ficarei muito grata...

PRIMEIRAS LEITURAS
Regin@

Um relato sobre as experiências iniciais de leitura me faz viajar pelas lembranças de infância, adolescência e juventude... Lembranças de antes mesmo de saber ler, quando já folheava livros de meus irmãos, cartilhas que minhas duas irmãs que faziam o curso Normal - das quais era a cobaia - me apresentavam; Depois, já na escola, a leitura de gibis do Walt Disney, como Tio Patinhas, Pato Donald e seus sobrinhos, Margarida, Pateta etc., a festa para o recebimento do Primeiro Livro de Leitura, o encantamento pelas histórias...
A professora que me proporcionou esse acesso e ao mesmo tempo me estimulou, sem nem mesmo saber, ao encantador mundo da leitura é lembrança muito querida...
Seguindo meus estudos, continuei lendo os livros que me eram disponibilizados – poucos, pois poucos eram os recursos- alguns prêmio recebido da professora pelo meu irmão dentre os quais, recordo-me, Monteiro Lobato e Francisco Marins (Reinações de Narizinho e A volta à Serra Misteriosa me fascinavam e mostravam mundos fantasiosos, magia...)
Já durante a adolescência e juventude os livros solicitados na escola para lermos, apesar de obrigação, muito me estimulavam: fui descobrindo José de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo, Aluísio de Azevedo, Castro Alves, Raul Pompéia, Camões... E não satisfeita, devorava os livros disponibilizados na biblioteca da escola. Os professores de Português desse tempo foram, também, os grandes responsáveis pelo meu gosto pela leitura.
Continuei vida afora lendo, tanto por necessidade, na minha profissão de educadora, quanto por prazer, romances, poesias... Sou fascinada por Fernando Pessoa... Ler seus poemas tem sido a cada dia uma nova descoberta, apesar de lê-los há muito tempo... Tenho certeza que a minha história de leitura não acaba por aqui, ao contrário, a cada dia tem um novo começo... Sinto-me maravilhada e desafiada a novas leituras, sempre...

"[...]Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo”.
Fernando Pessoa

O intercâmbio!
Cristina Cantú 

Venho de uma família de professores, a começar por minha mãe que era Diretora de Escola e o estímulo para a leitura começava logo nos primeiros anos de vida, pois vivia rodeada de livros, revistas e jornais. Lembro-me de minha professora da 4ª série, professora Maria do Carmo Monteiro de Carvalho, que para incentivar-nos a ler e escrever combinou com uma professora, colega dela, de outra escola, e faziam um intercâmbio de cartas. Era dado para cada um de nós alunos, o nome e a idade para quem iríamos escrever e iniciávamos com uma carta de apresentação. As professoras faziam o papel do correio, levando e trazendo semanalmente e lembro que esperávamos ansiosas pelas cartas. Esse intercâmbio durava o ano inteiro e era uma forma de fazermos novas amizades e de praticar a leitura e a escrita. Hoje percebo a prática inovadora que essas professoras utilizaram, muito antes de surgirem às tecnologias e sites de rede social como facebook, Orkut, Twitter entre outros, onde as atualizações são exibidas em tempo real no perfil do usuário.


MINHA EXPERIÊNCIA COM A LEITURA
Elizabete Fátima Caseta 

A leitura sempre esteve presente em minha vida. Me lembro do meu primeiro livro "grande" `O cachorrinho Samba`, quanta emoção e orgulho ir até a biblioteca e pegar o livro indicado pela professora da 5ª série. E com ele foi toda a coleção Vagalume. O caso da borboleta Atíria, o Escaravelho do diabo, O menino de asas... Nossa quanta emoção... Até o cheiro do livro era importante... Depois na adolescência os livros aumentaram de tamanho e mais responsabilidade "O Mundo de Sophia" misturado a filosofia começou a ficar meio confuso... Então me dediquei à coleção "Sabrina". Verdade nem sou tão velha assim, mas lia... Sim Sabrina. Durante a Faculdade a leitura era mais voltada para os estudos literários... Mas que sabor eram os livros de Gabriel Garcia Marques.. “Cem anos de solidão" li, reli li novamente e voltarei a ler com o mesmo entusiasmo e diferentes descobertas. Atualmente estou lendo um livro de poemas de Pablo Neruda e também o O pequeno Príncipe para a minha filha. Amo ler revistas e gibis de todos os tipos. Tudo me fascina... As histórias, os personagens fictícios ou reais, a capacidade do outro nos fazer viajar pelo desconhecido é fantástico


A MESMA CHAVE QUE ABRIA O ARMÁRIO ABRIA O LIVRO
Experiência de leitura
Sebastião Aparecido Ferreira 

Meu gosto pela leitura e, posteriormente, pela escrita despertou na escola. Lembro-me de uma professora, Beatriz que lia para nós alunos das séries iniciais uma vez por semana. Ela lia capítulos de um romance fascinante. Após a leitura, Beatriz guardava o livro, à chave, num armário de madeira do fundo da sala. Eu não via a hora de chegar aquele dia da semana para que a professora prosseguisse com a leitura. A prática de ler em voz alta para os alunos, o "trancamento", o "destrancamento" do livro e o clima de suspense mexiam com o meu imaginário infantil. Um livro fechado já não significava mais um livro fechado, um armário trancado no fundo da sala não era só um armário fechado no fundo da sala. Eu desconfiava que a mesma chave que abria o livro, abria também o armário para um mundo mágico, feito de letras e de palavras. Diante disso a motivação para aprender logo a ler e a escrever cresceu.

Na parte térrea da escola localizava a biblioteca, a morada dos livros. Como ela ficasse quase sempre trancada, no recreio, eu espionava os livros pela vidraça. Para não me perder na absoluta dispersão, tratava de descobrir algum fio secreto que ligasse tantos livros. Até que um passarinho me garantiu que, no silêncio da noite, acamados nas prateleiras das bibliotecas, os livros se punham a conversar. Isso eu já não sei por que eu ia pra escola durante o dia.


AUTOBIOGRAFIA
Ezequiel

Sempre fui muito rezador de terços e novenas. Praticava muito a religião que era de toda a minha família. Como não sabia ler nem escrever pedia a minha irmã que lesse para mim todas as falas e cânticos das orações e decorava tudo para poder ser parte ativa dos encontros religiosos. Até que chegou o momento de deixar minha irmã sem essa responsabilidade. Brevemente poderia eu mesmo, fazer minhas leituras e assim orar e entoar cânticos com meus próprios esforços.
Feliz e ansioso, com uma bolsa que minha mãe havia feito de retalhos de tecido, um caderno, uma cartilha, lápis e borracha, caminhei em direção ao sonho que estava prestes a ser realizado.
Não tive pré, jardim I, II, III, ou seja, lá quantos forem. Comecei na primeira série aos sete anos completos. [..] leia mais abaixo...

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